O Cante Alentejano é um género de canto tradicional em duas partes, executado por grupos corais amadores no sul de Portugal e nas comunidades migrantes na Área Metropolitana de Lisboa. O repertório é constituído por melodias e poesia oral (modas), e é executado sem instrumentos musicais. Os grupos de Cante reúnem até trinta cantadores que se dividem em três papéis: o “ponto” inicia a moda, seguido pelo “alto”, duplica a melodia uma terceira ou uma décima acima, muitas vezes adicionando ornamentos. Todo o grupo coral se junta em seguida, cantando os versos restantes em terceiras paralelas. O alto é a voz orientadora, que se ouve acima do grupo em toda a música.
Existe um vasto repertório de poesia tradicional, bem como versos contemporâneos. As letras exploram tanto os temas tradicionais como a vida rural, a natureza, o amor, a maternidade ou a religião, como as mudanças no contexto cultural e social. O Cante constitui um aspeto fundamental da vida social das comunidades alentejanas, permeando reuniões sociais em espaços públicos e privados. A transmissão entre os membros mais velhos e mais jovens ocorre principalmente nos ensaios dos grupos corais.
Para os seus praticantes e apreciadores o Cante encarna um forte sentido de identidade e de pertença. Reforça também o diálogo entre diferentes gerações, géneros e indivíduos de diferentes origens, contribuindo assim para a coesão social”
«Possue a nossa terra inúmeros bosques de azinheiras, sobreiros, castanheiros, carvalhos, pinheiros, alfarrobeiras, amendoeiras, aveleiras, nogueiras, oliveiras. A azinheira e o sobreiro predominam no Alentejo como região mais seca; a primeira prefere os terrenos cálcarios, os sobreiros os graníticos. Há também azinheiras no Algarve, na Beira-Baixa (C. Branco), e nos terrenos xistentos dos concelhos de Bragança, Mogadouro, Moncorvo e Macedo, como até certo ponto o provam as designações locativas Izeda (iliceta) e Ligares (arc. Iligares: de ilex*); a sobreira domina igualmente no Sul do Tejo, e nos distritos de Lisboa, Santarém e Castelo-Branco. A toponímia prova, porém, que as mesmas árvores aparecem noutros territórios, já formando matas, já disseminadas: há Azinhal na Guarda, Azinheira em Leiria; sobreda na Beira Marítima e na Alta, Sobredo e Sobrosa no Alto-Minho, Sobrido no Baixo-Minho, Sobreira no Baixo-Douro, Sobreiral em várias províncias. Propriamente, pelo menos no Alto-A...
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